quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

santos jovens de calça jeans....

QUEM SÃO OS JOVENS DOS TEMPOS MODERNOS? QUE TIPO DE SANTIDADE É PRECISO VIVER PARA TESTEMUNHAR QUE CRISTO VIVE E AGE EM MEIO A NÓS? UMA PISTA....
ALGUÉM SUGERIU.....


Precisamos de Santos Precisamos de Santos sem véu ou batina. Precisamos de Santos de calças jeans e tênis. Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos. Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade. Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade. Precisamos de Santos modernos, santos do século XXI, com uma espiritualidade inserida em nosso tempo. Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais. Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo. Precisamos de Santos que bebam coca-cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem disc man. Precisamos de Santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refri ou comer uma pizza no fim-de-semana com os amigos. Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte. Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros. "Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos". (João Paulo II).

AQUELE QUE NOS AMAVA, TAMBÉM REZAVA, CAMINHAVA SOBRE AS ÁGUAS E SEUS AMIGOS ENCORAJAVA

Jesus os obrigou a entrar na barca: A barca é símbolo da Igreja. Lá estarão unidos, permanecerão próximos aqueles a quem Jesus confiou esta pequena missão de ir para as águas mais profundas e logo após confiará encargos de grande responsabilidade. Levarão a boa nova até os confins da terra, a todos os povos, línguas e razões. Construir, na força de sua ressurreição um reino sem fronteiras, cujo raio de amplitude é o próprio mundo. Um reino que deverá atingir a terra toda. Para isso, o Senhor fará de sua Igreja um sacramento, isto é, um sinal visível, eficaz de sua graça, de sua eleição. Eles deveriam ir à sua frente. Assim aconteceu com João Batista que esteve à frente, precedeu o Senhor para preparar-lhe os caminhos. E depois de tudo, quando apontou o Cordeiro de Deus, soube desaparecer, soube ocultar-se. Ele, o Cristo, é que permanecerá. Alegremente e firmemente convictos do próprio papel de facilitadores destes encontros de Jesus com as pessoas, tanto o Batista, quanto os apóstolos e todos os evangelizadores de todos os tempos, souberam diminuir para a Palavra encarnada crescer e florecer, frutificar na vida de quantos Ele ama e deseja salvar.


Logo depois de despedir deles, Jesus subiu ao monte para rezar. A oração em Jesus é uma constante, uma necessidade ontológica (ligada ao seu ser). É alimento, é oxigênio, é vida, é razão de ser. Digne-se o Senhor fazer-nos pessoas orantes, a exemplo de Sua Divina Majestade!
Jesus viu os discípulos cansados de remar. Ele também nos vê em nossas fadigas e lutas. Sabe tudo e seu olhar contemplativo não é passivo ou inerte. É um olhar de cuidado, uma visão penetrante, envolvente, encorajadora e solidária. Quantas vezes estamos cansados de remar contra um mar revolto da história da Igreja e da humanidade. Lá estamos sempre a nos deparar com as tribulações, provações, tentações e desafios de todo tipo. O vento dos acontecimentos nos desafia e parece que naufragaremos em meio às impiedosas lufadas. Mas, a certeza que Ele nos olha, deve gerar em contrapartida uma convicção de não estarmos sós, nem a remar inutilmente. Não é vão nosso esforço, nem é desperdício o investimento de nossas vidas nestes interesses do Reino! Ele nos vê!


Pelas três da madrugada, ele segue andando sobre as águas, em hora difícil, num momento dramático de penosa vigília. Estavam eles, no auge do horário do sono, pescadores rudes, acostumados ao furor do vento e às borrascas das ondas a lutar para a pobre barca não soçobrar. No entanto, Ele caminha sobre as águas. Que simbolismo forte, marcante, significativo! Caminhar sobre as águas é um gesto divino, de poder sobre os elementos naturais de grande vigor e grandeza, mas que estão submissos ao seu Criador. Caminhar sobre as águas que trás um simbolismo carregado de matizes do vigor salvífico do Mestre. Ele tem tudo debaixo de seus pés: as tribulações, as dores, os medos, as tentações e tudo mais que parece fazer levar para o fundo do mar a frágil embarcação. Nada poderá ir além de suas permissões, nem impedirá que seus desígnios se realizem. Se for assim, então por que se esforçar? Entra aqui o mistério da graça e da liberdade humana. Somos convocados pela Providência de Deus a fazer o que nos estiver ao alcance. Lutar, remar, insistir, buscar soluções, mobilizar forças, suscitar sensibilidades, convencer, arregimentar colaboradores, detectar possibilidades, enfim, não deixar de fazer o que nos for possível. Ser conscientes, conseqüentes e coerentes com o Deus uno e trino, grande protagonista da história que age na força do ressuscitado que nos dá o seu Espírito para vivermos esta missão que amorosamente nos foi confiada. Que lição consoladora e encorajadora, sobretudo ao percebermos nossa pequenez ante as ondas bravias e altaneiras dos nossos confrontos com as realidades do nosso tempo e do nosso espaço!


Pensaram que era um fantasma: não poucas vezes isso pode acontecer e confundimos as coisas, não enxergamos com clareza, por detrás das cruzes o Senhor abandonado e crucificado. Fica-se na superficialidade de uma leitura aparente, bastante periférica. Vê-se a dor, o drama, mas não se atinge o cerne de tudo: o mistério salvífico embutido na cruz!
Coragem, sou eu! Não tenhais medo. São estas as palavras com as quais ele acalentou os discípulos assustados, inseguros ante o poder por Ele manifestado ante o mar rebelde e a noite densa. Uma presença que consola, fortalece, anima e compromete. Para nos lançarmos neste serviço do reino, dar nome aos medos e superá-los, é fundamental. A coragem não é ausência do medo, mas mesmo com medo, superá-lo e continuar indo em frente. Não deixar-se intimidar ou paralisar por ele é abrir portas para as tantas possibilidades que a Providência de Deus nos abre para seguirmos em frente, para sermos e fazermos que somos chamados a ser e a fazer. Cultivar uma sensibilidade nova, construída na força das convicções que brotam do mistério de Cristo morto e ressuscitado, de sua presença constante em meio à história que com Ele construímos. Ele está no meio de nós! São palavras que entraram na liturgia, na inteligência da fé, mas não devem faltar nas convicções profundas do agir, das iniciativas vivas e operantes pelos interesses do Reino.


Os discípulos não compreenderam nada a respeito dos pães que tinham sido multiplicados. Seus corações estavam endurecidos. “Hoje não endureçais os vossos corações!” Esta admoestação, dita por Deus através do Sl 94 é um alerta precioso. Quando se perde o sentido orientador da fé, a força vitalizadora do amor e a dinâmica impulsionadora da esperança, o coração se fecha e petrifica. E quanto mais ele se petrifica, tanto mais ele se desnorteia e se afasta do rumo. O enfraquecimento da vontade e o obscurecimento da inteligência têm efeito devastador na vida de um alguém que experimentou Deus. Perder a dimensão eucarística da vida, simbolizada na partilha dos pães, significa despojar a vivência cristã de sua luz e de sua razão de ser. Partilhar, criar unidade, ampliar uma vasta rede de comunhão na diversidade das identidades e das possibilidades, transformar a vida em doação compromisso, tudo isso oxigena, ilumina, abre horizontes inusitados para a realização da pessoa humana em Deus e Deus na pessoa humana.