sábado, 28 de março de 2009

Humildade da água do rio




Uma estrada construída na humildade


O que vale mesmo é buscar, insistir, persistir e não desistir.

O rio, que tu vês na imagem, seguindo a ordem normal das leis da física, obedece, se adapta ao terreno e ao relevo onde passa. Se ele encontra a montanha, não sobe a montanha. Se ele encontra o abismo, ele se joga pra baixo. Circundar a montanha, descer o abismo e jogar-se é uma forma de encontrar o seu rumo, de dar sua contribuição vital onde passa. A montanha, o abismo, tudo é razão para descobrir onde ir! Eles não atrapalham, eles são indicadores do percurso. O alvo será atingido, a meta se avizinha!
Imagine só: um rio que sobe a montanha! cruz credo, o povo vai pensar que é bruxaria e os cientístas vão somente dar uma gargalhada. O rio não desce o abismo porque não quer cair e virar cachoeira! bem, vão pensar que você bebeu pinga ou tá de pileque. Não dá!
Mas, teu orgulho tantas vezes te fez recusar dar a volta da montanha. Quais são tuas montanhas? Tua soberba te fez não descer e cair pedras abaixo. Quais são teus declives?

Nossa vida deve seguir o exemplo deste rio. Construir-se e levar vida lá onde passamos. Acolhendo paciente e humildemente as exigências do terreno, marcando-o fortemente com nossa passagem estaremos descobrindo o caminho. Aliás, o caminho surge na medida que damos passos. Como diz o provérbio espanhol: "o caminho é caminhar". Marcar sem angústia, sem agitação, sem medo ou falsos complexos de inferioridade. Marcar o chão onde passamos, sem a soberba da montanha, mas com a perseverança da água, com sua pureza e sua humildade. O caminho nos forma, mas nós formamos o caminho. E seguindo o percurso que encontramos, somos encontrados por aqueles que nos esperam e desaguaremos no mar, em toda a infinidade de sua grandeza.

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