segunda-feira, 29 de março de 2010

A unção dos pés do mensageiro!


Jesus foi a Betânia: casa da amizade! Lugar do encontro, da partilha e do diálogo. Lá deu-se o prodígio do encontro, do culto, da adoração. Aquele perfume caro, aquelas essências delicadas e os odores cativantes foram usados para ungir os pés de Jesus.


Os pés! lá em baixo, os pés tocam o chão, conduzem o corpo, sob o direcionamento da cabeça, claro. Os evangelizadores são como os missionários que levam Jesus e a vida da Igrea para todo lugar. Ungi-los com orações e sacrifícios, formação e apoio de todo tipo, é um jeito de repetir a cena da mulher generosa. Sim, o Evangelho é o bom perfume, o suave odor de Cristo. Impressionante! São belos, porque conduzem, aproximam, geram comunhão.


O que há de tão caro em minha vida que possa ser usado para ungir os pés de Jesus? Havendo a compreensão de Maria, irmã de Lázaro e Marta, sobre o valor do que foi ofertado e derramado, certamente toda a Igreja e o mundo se encheria do bom odor. E que agradável perfumes será este? Com certeza as vidas ofertadas, consumidas, pela sublime causa de evangelização. "Quão belos são os pés do mensageiro que anunciam a paz".


Judas reclama do gesto: considera-o um desperdício. Um gasto inútil, algo que poderia ser investido em outra causa, quiçá, mais nobre, segundo o traidor. Uma mentalidade reprovada por Jesus. Ungi-lo para a sepultura é um gesto acolhido pelo Mestre. Era Ladrão! Roubava ou tirava para si o que era da comunidade e o que era de Deus. Para o Iscariotes, era gasto desperdício gastar 300 denários com a unção em Betânia. Mas, vende Jesus por 30 moedas, preço de um escravo. Para ele, Jesus não valia muita coisa, não tinha valor.


E Lázaro: um sinal da ressurreição que Jesus iria viver de forma definitiva e cabal. Mas, para os fariseus, era um sinal incômodo, uma evidência inequívoca, clara, explícita do poder de Deus agindo em Cristo Jesus. Mas, o que pensaram eles? Matar Lázaro! Acabar com o sinal de Deus. Que impressionante! Quando alguém não quer acreditar, não deseja crer, não tem milagre que dê jeito. Quando outros interesses humanos (financeiros, os jogos de poder, os prestígios e vaidades, etc) estão em jogo e falam alto. É preciso abrir o coração, deixar de lado seguranças e garantias meramente humanas. Caso contrário, bem, nada feito!

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